Ano 10 - Número 28 - Abril 2009
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Edição número 28 | Entrevista VIP
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Entrevista com Bittar, presidente da Fenacor
Por: Solange Guimarães

Robert Bittar
SAOL - Você é um dos entusiastas do microsseguro. Como o corretor de seguros se insere na proposta de microsseguro?
RB - Não podemos e não devemos criar falsas expectativas para a categoria dos corretores no tocante a esse nicho. Pouquíssimos corretores que atuam com seguros terão grandes oportunidades no microsseguro. É outra coisa, é outro público e uma abordagem muito específica de venda. A distribuição do microsseguro está diretamente ligada a microcrédito, a redes varejistas e a pessoas inseridas nas comunidades de baixa renda. Vejo que o corretor de seguros tradicional poderá, quando muito, se transformar em um “organizador” dessa outra rede de distribuição que se instalará para o microsseguro. Hoje, grande parte do mercado ainda confunde microsseguro com o seguro popular e são coisas absolutamente distintas. De qualquer forma, o importante é que atuemos em prol do microsseguro pois, além de ser um valioso instrumento de inserção social, é também a melhor forma de aculturamento do produto seguro. À medida que as pessoas forem migrando de classe social já estarão familiarizadas com nosso mercado e com a necessidade de proteção.
SAOL - Quais são as outras oportunidades de expansão que o senhor identifica para a atuação do corretor?
RB - Existem ainda muitos nichos que podem ser explorados com sucesso. O seguro de vida ainda tem um potencial enorme de crescimento, o seguro saúde ainda é o sonho de consumo de milhões de famílias, assim como a previdência privada.
Em termos de responsabilidade civil nosso mercado ainda tem tudo por fazer, novos nichos como o seguro rural, seguro garantia, mesmo o seguro residencial, que ainda tem baixíssima penetração e é um seguro facilmente vendável. Enfim, oportunidades não faltam, basta o corretor identificar suas melhores aptidões e ir em busca de maneira muito focada.
SAOL - A categoria dos corretores de seguros está em pleno processo de adesão ao Código de Ética. O que esse código representa?
RB - Representa muito para o setor e mais ainda para o aderente ao código, pois com o tempo aquele corretor que não tenha aderido não terá como explicar para seu cliente e às seguradoras parceiras porque não o fez. No fato de ser uma adesão espontânea é que está o grande valor desse código, pois demonstra o quanto a categoria ansiava por um melhor disciplinamento. Esse é um primeiro grande passo para que os corretores de seguros conquistem a autorregulamentação pelo almejado Conselho Federal dos Corretores.
SAOL - Outro aspecto importante é a profissionalização do corretor de seguros. Como presidente da Escola Nacional de Seguros, o senhor sempre empunhou a bandeira da difusão do ensino, da pesquisa e do conhecimento em seguros. Você planeja desenvolver algo nessa linha na Fenacor?
RB - As duas instituições sempre foram bastante pró-ativas. A Escola vem executando uma política bastante abrangente de qualificação e tem contado com grande contribuição dos sindicatos regionais, o que tem sido determinante para interiorizarmos cada vez mais a sua atuação. Com isso, a Fenacor consegue focar-se mais nos aspectos políticos de interesse da categoria.
SAOL - A SulAmérica tem estreito relacionamento com a Fenacor, prova disso é o FenacorPrev, que desenvolvemos conjuntamente e lançamos no Congresso Brasileiro dos Corretores de Seguros de 2007. A sua gestão está aberta para outras parcerias desse tipo? Quais seriam as necessidades do corretor nesse sentido?
RB - Há uma relação de respeito e admiração entre os corretores e a SulAmérica. Creio que o sucesso desse benefício levado aos corretores deu-se pela forma bem estruturada de um produto dirigido a esses profissionais. Quem conhece bem faz melhor e a SulAmérica conhece muito bem o corretor. Obviamente estaremos sempre abertos a dialogar e obter benefícios para a nossa categoria.
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