Ano 10 - Número 28 - Abril 2009
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Edição número 28 | Entrevista VIP
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Entrevista com Bittar, presidente da Fenacor
Por: Solange Guimarães
Robert Bittar é paranaense de Guarapuava e desde 1971 atua no setor de seguros. Corretor habilitado há 30 anos, é também um dos mais atuantes dirigentes do mercado, com uma longa trajetória a frente do Sincor-PR e duas destacadas gestões como presidente da Fundação Escola Nacional de Seguros, além de participar de diversas entidades do setor.

Bittar assumiu no início do ano um grande desafio: a presidência da Fenacor. Nesta entrevista exclusiva para a revista SulAmérica Online, fala sobre a atual agenda do mercado de seguros e de seus planos como presidente da Fenacor.
Robert Bittar
SulAmérica Online – Esta é a primeira revista SulAmerica Online do ano e uma das suas primeiras entrevistas após a posse como presidente da Fenacor. Qual a sua expectativa em relação a 2009 para o mercado de seguros e em particular  para os corretores?
Robert Bittar - O ano deve mostrar crescimento do setor novamente em patamares superiores ao crescimento do PIB. Mesmo que tal índice não seja tão acentuado quanto dos anos anteriores, ainda assim, será bom considerando a atual conjuntura mundial. Obviamente que existem desafios, pois algumas carteiras importantes, como a de automóveis e a de transportes, certamente perderão massa de prêmios em relação a 2008 e, portanto, teremos que, de alguma forma, substituir essa produção por outros ramos que tenham possibilidade de penetração.
SAOL - O senhor assume a Fenacor em um momento de grandes mudanças, como a chegada do microsseguro, a abertura do resseguro, entre outras. Como a entidade atua nesse cenário? Quais são os pontos principais do seu plano de ação na federação?
RB - Realmente é um momento de mudanças estruturais no setor. A abertura do resseguro passou de expectativa a fato e estará consolidada num breve período. Superada esta transição, isso se refletirá em melhores produtos e maior diversidade de coberturas e o corretor precisa estar atento a essas oportunidades. Igualmente, o microsseguro poderá sustentar o crescimento do mercado pelo próximo período, pois há no Brasil um grande potencial e estamos nos estruturando para isso com a comissão consultiva no âmbito do Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP)  que tem produzido  um belíssimo trabalho. Temos que aproveitar o fato de que o governo se interessa por essa matéria, sinaliza no sentido de eliminar a carga tributária desse nicho e acompanha as diretrizes do Banco Mundial para essa implementação. O trabalho da Fenacor e dos 26 sindicatos filiados é o de preparar os corretores de seguros para que tirem proveito dessas oportunidades e continuem sendo os protagonistas do crescimento do setor de seguros.
"Nós corretores podemos e devemos contribuir com uma venda mais consultiva, mostrando mais e melhor todas as coberturas" - Robert Bittar
SAOL - O que falta para aumentar a penetração do seguro no Brasil?
RB - É uma questão cultural na medida em que o brasileiro tem um comportamento consumista e quando se privilegia mais o consumo do que a poupança é sinal de que se demorará mais a ter acesso a bens duráveis e, consequentemente, a sentir a necessidade de proteção. É uma questão de legislação porque a carga tributária incidente sobre as operações de seguro e de corretagem impactando diretamente no custo final dos produtos e é, principalmente, uma questão de poder aquisitivo, porque mesmo as famílias aculturadas sobre o seguro não conseguem consumir toda a cesta de coberturas das quais necessitam. Vejam que colocar para uma mesma família o seguro da casa, do automóvel, de vida e educação dos filhos, saúde torna-se um dispêndio acessível a poucas pessoas.
SAOL - Você vê alguma ação mais efetiva que corretores e seguradores poderiam fazer para ampliar a participação de mercado?
RB - O que podemos fazer, e estamos fazendo, é melhorar a qualidade de nossos produtos a fim de torná-los mais atrativos como agregar serviços essenciais como assistência 24h, emergências residenciais, pet shop etc. Isso torna a utilização da apólice mais frequente e ajuda na identificação da necessidade. Nós corretores podemos e devemos contribuir com uma venda mais consultiva, mostrando mais e melhor todas as coberturas.
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